O homem estava exausto
pendendo de um lado ao outro
no implacável cume do desfiladeiro.
Cair, escutar o sussurro do vento
Padecer e ser absorvido pelo abismo
Morrer.
Um poeta maldito cansado das conversas do mundo
Do conforto monótono que sentia,
Fez-se o que era esperado, caiu.
A poesia de sua queda foi lúcida
Terminava no escuro.
E desta vez, podia escrever.
E escrevia por quê?
Escrevia porque podia.
Escrevia porque essa era sua sina.
(Giuseppe Neto)
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