sábado, 21 de setembro de 2013

Mar de Trevas


Faz mesura curvando-se
rente ao beiço do mar e
vê-se refletido em mórbida água,
em uma imagem amorfa,
mística e nebulosa.

No plúmbeo terror do horizonte
Vejo anômalos caminhantes
Demônios nus evocados
Por espectral sombra nefasta

Oferecem seus lúbricos lábios
E conquistam com seus voluptuosos toques
Para ao fim banharem-se em sangue e tripas

Decadentes marinheiros,
Perdem suas apostas
E atiram-se a sofrível morte.

Que lúgubre é o mar de trevas

Tristes são seus moradores.

(Giuseppe Neto)

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