Faz mesura curvando-se
rente ao beiço do mar e
vê-se refletido em mórbida água,
em uma imagem amorfa,
mística e nebulosa.
No plúmbeo terror do horizonte
Vejo anômalos caminhantes
Demônios nus evocados
Por espectral sombra nefasta
Oferecem seus lúbricos lábios
E conquistam com seus voluptuosos toques
Para ao fim banharem-se em sangue e tripas
Decadentes marinheiros,
Perdem suas apostas
E atiram-se a sofrível morte.
Que lúgubre é o mar de trevas
Tristes são seus moradores.
(Giuseppe Neto)
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