terça-feira, 10 de setembro de 2013

Entorpecentes

E lá está ele, escondido de suas verdades
um ponto opaco em um universo perturbador,
vivendo um distúrbio por vez
e um delírio por dia.

Acorrentado à pilulas
e negligente com as palavras

Infortúnio que o tratem com desprezo,
Mal sabem o que se passa em sua cabeça.
Sua criatividade, seu dom. Que lhe dá o pão e
que lhe deu suas poucas conquistas
também é seu carrasco.

Ele vê demais
E é eviscerado.

Não há cura para essa tristeza,
uma máscara horrenda que insiste em ficar,
que obriga-o a entorpecer a mente
E acabar - finalmente - com o caos.

(Giuseppe Neto)


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