A última taça de vinho é terrível,
é a despedida!
O beijo em brasa que deixa a carne ardendo,
Afoita, mas ainda assim enfastiada!
A última taça de vinho é magnífica,
É o cálido beijo da prostituta langorosa;
A derradeira felicidade do dia,
O ápice do despropósito!
A última taça de vinho é absurda;
que enfraquece minha carne contumaz,
laboriosa e letárgica, instintiva!
É o vil outono da penúria!
Transborda vida e candura;
Sê a ambrosia deste miserável,
tu que vens ludibriando,
ora taça cheia, ora colo de uma mulher.
A última taça de vinho é rir,
Rir de tão insignificante,
desta que é tanto embriaguez
quanto epitáfio.