domingo, 1 de setembro de 2013

Andarilho

Nada mais quero
do que vagar eternamente
pelas ruas de minha cidade,
como um ândalo à toa
com a semblante enegrecida,
um fantasma que respira...

Perder-me  em devaneios
E esquecer do tempo
Que destino dramático
e porque não poético?
Perfeito para alguém patético
que só conhece
o mundo por acaso...

Acenar para todos os que passam
até mesmo para os que não lembram
de minha amarga fisionomia.
Sorrir também para os que desprezam
a minha jovial libertinagem
porque, diga-se de passagem:
Não estamos em tempos de euforia.


(Giuseppe Neto)


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